Rita de Cássia da Silva
RESUMO: A percepção sobre expectativa de vida e o como envelhecer tem sido pauta recorrente para a sociedade contemporânea. A proposta deste artigo é que possamos compreender o passar do nosso tempo, dentro da perspectiva junguiana, como um chamado ao mergulho profundo da alma. E é na Terceira margem do rio, de João Guimarães Rosa, que vislumbra-se esse convite. O conto rosiano amolda-se perfeitamente como metáfora para o conceito de metanoia. Na figura do personagem pai, testemunhamos o desconforto com o vivido até então e a coragem fundamental para seguir rumo à viagem desconhecida. Já com o personagem filho, narrador do conto, compartilhamos o estranhamento e a inquietude de quem observa como se, ao mesmo tempo, sentisse o prenúncio do que está por vir em sua própria existência.
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