Imaginação ativa como espaço sagrado

Dirciara Barañano Souza

Resumo: A voz suave da enfermeira invadiu meu devaneio. São treze horas, terminou o horário da visita. Novamente, era hora de retornar para casa, ‘confiando’ na possibilidade de retorno às doze horas do dia seguinte para mais uma visita de avistamento pelo vidro da UTI (unidade de tratamento intensivo). Não era permitida a entrada, além daquela barreira de isolamento. Questões de segurança. A dúvida sobre o que estava por vir, assombrava a todos. Uns confortavam os outros e ninguém tinha rosto, apenas os olhos de médico(a)s e enfermeiro(a)s, traduzidos por vozes abafadas em máscaras N95, buscavam alguma forma de me orientar e me acolher, enquanto ainda podiam manter esse contato, visto o agravamento do cenário epidemiológico causado pela pandemia do vírus SARS COVID 19, um inimigo invisível, ainda desconhecido na ocasião.

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