Fabio José Cardias Gomes
RESUMO: Este artigo objetivou o estudo de imagens simbólicas da Amazônia, no caso a simbólica do Boto e da Boiúna, sob o viés da Psicologia Analítica. Houve um interesse sobre a diversidade das almas brasileiras, os diálogos entre os saberes tradicionais indígenas, as temáticas amazônidas, a obra de Jung. Metodologia qualitativa, bibliográfica, exploratória, hermenêutica, dialética e comparativa, utilizando-se de material literário acadêmico sobre as duas imagens. Alguns resultados deste trabalho ensaístico apontam que as almas indígenas e cabocas matriciam suas imagens simbólicas a partir da floresta, seus símbolos, que podem ser ampliados a partir da potente hermenêutica junguiana, que muito se fundamentou em imagens arquetípicas gregas e alquímicas eurocentradas. Mitos, encantarias e lendas da nossa região, vasta em imagens simbólicas ainda não estudadas de forma profunda. É também uma continuidade em relação com minhas próprias andanças pelos territórios indígenas, quilombolas e ribeirinhos da região, com registros e percepções que enriquecem o meu próprio processo de individuação, de homem amazônida.
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