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Contágio psíquico e controle social
Por Edgar Menezes de Assis
Resumo
RESUMO: O objetivo do artigo é discutir como o estímulo ao contágio psíquico pode fazer parte do mecanismo de controle político, seja para manter o funcionamento padronizado da sociedade, seja para provocar o transbordamento para um estado de possessão. Em tendências históricas recentes, observa-se que os efeitos desse contágio manipulado, tem produzido fenômenos políticos similares aos movimentos fascistas. Ao refletir sobre o contágio falamos desse eu, que julga e reivindica para si um poder de controle, dirigente e explicativo de si mesmo e do mundo exterior, ainda que esteja longe de ser o senhor absoluto das suas escolhas e decisões. Há, no entanto, outros, como estrangeiros que podem ou não ser reconhecidos pela consciência, funcionando como forças orientadoras que dão sentido às nossas ideias. Os fatores relacionados ao nosso inconsciente, como os afetos e as emoções, indissociáveis de valores e princípios sedimentados em nosso mundo interno, determinam nosso modo de vida ou atitudes, sendo também uma pré-condição para a eficácia de influências externas próprias do mundo moderno e das suas estruturas de poder.