Este artigo tem o objetivo de problematizar o sobrediagnóstico atual do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) a partir de uma visão junguiana dos Tipos Psicológicos, fazendo uma leitura de suas características a partir da função intuição. Na época em que Jung escreveu sobre isso, já percebia que pessoas com esta tipologia poderiam ter algumas dificuldades na sociedade, seja para adaptação ou para obter a compreensão dos demais. Também é pensado aqui sobre como, apesar de haver uma tentativa de medicalização desses sintomas, a sociedade atual promove contextos que potencializam essas características, através do excesso de estímulos rápidos e constantes, sacrificando a função oposta. Este excesso vem comprometendo a capacidade de foco e atenção em todas as idades, incluindo crianças que já iniciam seu desenvolvimento imersas nesse contexto.